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STF reconhece união homoafetiva por unanimidade


BRASÍLIA - Os casais homossexuais têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira já estabelece para os casais heterossexuais. A partir da decisão de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF), o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo será permitido e as uniões homoafetivas passam a ser tratadas como um novo tipo de família.

O julgamento do Supremo, que aprovou por unanimidade o reconhecimento legal da união homoafetiva, torna praticamente automáticos os direitos que hoje são obtidos com dificuldades na Justiça e põe fim à discriminação legal dos homossexuais. 'O reconhecimento, portanto, pelo tribunal, hoje, desses direitos, responde a um grupo de pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida', afirmou a ministra Ellen Gracie.

Pela decisão do Supremo, os homossexuais passam a ter reconhecido o direito de receber pensão alimentícia, ter acesso à herança de seu companheiro em caso de morte, podem ser incluídos como dependentes nos planos de saúde, poderão adotar filhos e registrá-los em seus nomes, dentre outros direitos.

As uniões homoafetivas serão colocadas com a decisão do tribunal ao lado dos três tipos de família já reconhecidos pela Constituição: a família convencional formada com o casamento, a família decorrente da união estável e a família formada, por exemplo, pela mãe solteira e seus filhos. E como entidade familiar, as uniões de pessoas do mesmo sexo passam a merecer a mesma proteção do Estado.

Facilidade. A decisão do STF deve simplificar a extensão desses direitos. Por ser uma decisão em duas ações diretas de inconstitucionalidade - uma de autoria do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e outra pela vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat -, o entendimento do STF deve ser seguido por todos os tribunais do país.

Os casais homossexuais estarão submetidos às mesmas obrigações e cautelas impostas para os casais heterossexuais. Por exemplo: para ter direito à pensão por morte, terá de comprovar que mantinha com o companheiro que morreu uma união em regime estável.

Pela legislação atual e por decisões de alguns tribunais, as uniões de pessoas de mesmo sexo eram tratadas como uma sociedade de fato, como se fosse um negócio. Assim, em caso de separação, não havia direito a pensão, por exemplo. E a partilha de bens era feita medindo-se o esforço de cada um para a formação do patrimônio adquirido.

Parlamentares apoiam reativação do Conselho Municipal da Mulher em Contagem

Parlamentares apoiam reativação do Conselho Municipal da Mulher em Contagem
DATA: 28/04/2011


Atendendo aos anseios Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres de Contagem, a mesa diretora e alguns vereadores da Câmara Municipal de Contagem expuseram, na reunião plenária desta terça-feira, a disposição da Casa Legislativa em reativar o Conselho Municipal da Mulher, órgão que une governo e sociedade civil organizada para garantir os direitos das mulheres e a implementação de políticas de igualdade de gênero.

De acordo com a Coordenadora Especial de Políticas para Mulheres, Gláucia Helena Souza (foto2), que participou da Tribuna Livre desta semana, a reativação do Conselho é de extrema importância para que Contagem seja representada no Consórcio Mulheres das Gerais, e para uma maior participação dos movimentos sociais junto ao Legislativo e ao Executivo nesse sentido. "Hoje, realizamos várias ações nas políticas para as mulheres na cidade, mas é essencial que a sociedade civil organizada participe não apenas fiscalizando, mas pensando, articulando e executando as propostas junto com o Governo. E o fato de o Conselho ser paritário permite que isso aconteça", destacou.

Diante das razões apresentadas por Gláucia Souza para a volta do Conselho Municipal da Mulher, o presidente da Câmara, Vereador Professor Irineu Inácio da Silva (PSDC), ressaltou que o Legislativo de Contagem deve participar ativamente das discussões junto à sociedade sobre a necessidade de políticas para as mulheres. "Esse debate é muito pertinente, sobretudo na iminência do centenário da cidade. E esta Casa já tem uma Comissão de Combate à Violência Doméstica contra a Mulher, que eu gostaria que participasse desse debate junto com a Coordenadoria", destacou.

O vice-líder do Governo na Câmara, Vereador Gustavo Gibson (PT), também aprovou a iniciativa, destacando que o momento é propício para a construção de melhores condições de vida para as mulheres contagenses, e que o Conselho pode ser um ator importante nessas transformações. "Não podemos que se repita, no segundo centenário de Contagem, o mesmo quadro de violência contra a mulher dos primeiros 100 anos; por isso, o Conselho deve ser visto como prioridade. Devemos trazer essa discussão, aprovarmos esse projeto e fazê-lo funcionar, pois considero isso um grande presente para o centenário de Contagem e um alicerce para os próximos 100 anos".

Projeto do Conselho

De acordo com o Vereador Alex Chiodi (PP), que intermediou a participação da Coordenadora de Políticas para Mulheres na reunião plenária desta semana, o Conselho Municipal da Mulher de Contagem existe desde 1989. Entretanto, "por volta do ano de 2004, o órgão ficou, de certa forma, desativado". Por isso, o gabinete do parlamentar, em parceria com a Coordenadora de Políticas para Mulheres, está atualizando o projeto para que seja apresentado na Câmara nas próximas semanas. "Nos últimos anos, as mulheres tiveram muitos avanços com a participação desta Casa, e acredito que o Conselho será mais uma contribuição", disse o vereador.

CONVITE - REFORMA POLÍTICA

As Secretarias Nacionais de Mulheres do PT, PC do B, PDT, PSB e PSOL, juntamente com a CUT, a CTB e a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político no Brasil convidam a tod@s para o seminário

"As mulheres e a Reforma Política".

Dentre outros, o seminário tem como objetivo a construção de uma pauta comum mínima das mulheres para a reforma política.

Dia: 10/05

Horário: 9h às 18h

Local: Auditório Petrônio Portela

Anexo II, 1º andar, Senado Federal

Apoio: Fundação Perseu Abramo / Fundação Maurício Grabois

Fundação Leonel Brizola - Alberto Pasqualini/ Fundação João Mangabeira

Fundação Lauro Campos / Sen. Humberto Costa





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