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Iriny Lopes participa do Fórum Social Mundial 2012


Data: 24/01/2012

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, participa nesta quarta-feira, 25, da edição de 2012 do Fórum Social Mundial (FSM), que acontece em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, de 24 até o dia 29 de janeiro.

A ministra falará no “Espaço Mulher” destinado a debates intitulados ‘Democracia, Participação e Objetivos de Desenvolvimento do Milênio’. Na atividade, Iriny abordará as Políticas para as Mulheres realizadas pelo governo federal e as prioridades para 2012.

900 ATIVIDADES – Além de Iriny Lopes, participam a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, a secretária Estadual da Mulher do Rio Grande do Sul, Márcia Santana, parlamentares estaduais e municipais, gestoras dos Organismos de Políticas para as Mulheres das prefeituras do Rio Grande do Sul, representantes de Movimentos Populares de Mulheres e do Conselho Estadual da Mulher.

O Fórum Social Temático promove cerca de 900 atividades, entre palestras, oficinas, seminários, shows e apresentações artísticas, todas com o tema ‘Crise Capitalista – Justiça Social e Ambiental’.

Comunicação Social

Pereirão ergue prédios em Minas - De macacão e capacete, Ângela de Almeida é o retrato das conquistas das mulheres na construção civil da Grande BH

ESTADO DE MINAS - MG | ECONOMIA
AUTONOMIA FEMININA

Frederico Bottrel

Publicação: 23/01/2012 04:00


De pedreira a proprietária de empresa de recrutamento e treinamento: Ângela tem orgulho do que faz


Altivez para quem tem 1,55m de altura é característica de se espantar. Mas é a melhor palavra para descrever Ângela Maria de Almeida entrando em uma obra. Pisa duro, acena para a rapaziada e segue em frente - na construção e na carreira. Muito antes de Lília Cabral estampar sua figura como protagonista da novela das 21h da Rede Globo, ela já saía de casa trajando macacão e capacete e ouvindo piadinhas de vizinhos e colegas de profissão - a massacrante maioria deles homens, é claro. De pedreira, passou a proprietária de empresa para recrutamento e treinamento de 250 operários da construção pesada - além das 90 operárias, como ela. Isso tudo enquanto a geração de empregos no setor crescia 139,34% no Brasil, segundo os dados mais recentes do setor, entre 2004 e 2010.


Ângela não ganhou a mesma loteria que sua colega da ficção, mas de carona no boom da construção tornou-se espécie de "Pereirão" remodelada - em vez de se dedicar a reparos domésticos como a personagem de Lília Cabral, ergue prédios e casas em Belo Horizonte e Caeté, na região metropolitana. E apoia a inserção de mais representantes do sexo feminino nesse mercado, defendendo que "mulher é mais caprichosa e entrega tudo limpinho, dá um banho nos homens". A metáfora do apreço pelo trabalho, que, ninguém duvida, é chave para o sucesso, não poderia ser mais maternal: "Um prédio é igual um filho: você vai cuidando, dando forma, e quando vê já cresceu e ficou lindo".


E quando vê um dos filhos de 26 andares no Seis Pistas, região nobre entre Belo Horizonte e Nova Lima, é com orgulho que aponta o dedo, unhas feitas e abre o sorrisão: "Fui eu que fiz". A aproximação entre as mulheres e a construção se traduz nos números do setor que indicam o aumento da participação feminina nos canteiros de obras. Os números mais recentes do Sindicato da Construção Civil de Minas (Sinduscon-MG) mostram que a participação das moças que usam capacetes entre os funcionários dos empreendimentos avançou 8,59% em 2010, contra os 7,55% de 2000 na Grande BH.


No concreto, a realidade foi respeitosa em toda a trajetória de inserção dessa mulherada, segundo Ângela. Ela diz que manda em quem for, sem problema, corrige, fala que o procedimento está errado e manda consertar. "Os homens acham é engraçado ver as mulheres chegando para trabalhar. Dá uma melhorada no astral, eu acho", palpita. Colega dela, o operário Nelson Rocha Macedo tem opinião parecida: "As mulheres hoje em dia têm mais inteligência que os homens para a construção. Tem homem dentro de casa dormindo e mulher trabalhando".


Foi uma das operárias treinadas por Ângela, inclusive, que procurou o Estado de Minas para contar que Caeté tem seu próprio Pereirão. "Como entrar para a construção mudou a vida de muitas mulheres por aqui, achamos que ela merecia uma homenagem", diz Maria José dos Santos, de 35 anos, que deixou de ser empregada doméstica e virou pedreira há três anos, quando leu um anúncio no jornal, avisando que Ângela procurava homens e mulheres para encarar o batente na construção civil. Maria aprendeu a fazer de chapisco a embolso (tipos de revestimento) e hoje comemora a mudança: "É um serviço mais respeitado e valorizado e nunca falta trabalho".


Em três anos, a firma de Ângela, a AIV, cresceu 70%, recrutou pessoal para trabalhar em 12 torres em áreas nobres da capital e ergueu mais de 400 casas do programa Minha casa, minha vida. Recrutou funcionários de Barão de Cocais, Catas Altas, Pernambuco, Paraíba e São Paulo. A próxima fronteira é o Mineirão, além de outros quatro projetos previstos para se iniciar ainda este ano.


Segundo Ângela, as diferenças salariais ainda são tabu a derrubar. "Se um homem ganha entre R$ 1.060 e R$ 1.200, cada mulher tira cerca de R$ 860, fazendo o mesmo serviço", destaca. É daí que vem, de acordo com ela, o empenho em mostrar serviço e capacidade de executar tarefas pesadas como preparar massa, fazer o chapisco, rejunte e assentar a cerâmica. No acabamento, Ângela garante, elas arrasam.

Datafolha mostra Dilma com aprovação recorde de 59%

Agência Estado São Paulo, 22


O governo da presidente Dilma Rousseff obteve aprovação recorde no fim do primeiro ano de mandato, de acordo com pesquisa Datafolha publicada ma edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo. O levantamento revelou que 59% dos brasileiros consultados consideraram sua gestão ótima ou boa, um crescimento de 10 pontos porcentuais desde a última edição, feita em junho de 2011. Foi o melhor resultado para um presidente em seu primeiro ano de gestão desde a volta das eleições diretas, em 1989. Outros 33% consideraram o governo Dilma regular, 6% o avaliaram como ruim ou péssimo e 2% não responderam.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o primeiro ano de seu primeiro mandato, em dezembro de 2003, com 42% de aprovação. No segundo mandato, em pesquisa Datafolha feita em novembro de 2007, ficou com 50%. A avaliação do primeiro ano da primeira gestão de Fernando Henrique Cardoso foi considerada ótima ou boa por 41% dos consultados, em dezembro de 1995, e por 16%, em dezembro de 1999, primeiro ano de seu segundo mandato. Levando em conta também o primeiro ano de mandato, Itamar Franco teve 12% de aprovação em dezembro de 1993, e Fernando Collor de Mello, 23% em março de 1991.


A nota média do governo Dilma Rousseff foi de 7,2. A avaliação do governo Dilma melhorou entre homens e mulheres de todas as faixas de renda, idade e escolaridade. A presidente foi aprovada por 62% das mulheres e 56% dos homens; por 61% dos que concluíram até o ensino fundamental, 57% dos com ensino médio e por 59% daqueles com ensino superior. Também consideraram seu governo ótimo ou bom 59% dos que ganham até 5 salários mínimos; 53% dos que ganham mais de 10 salários mínimos; e 61% daqueles com renda entre 5 e 10 salários mínimos, faixa em que houve o maior avanço da pesquisa, de 16 pontos porcentuais desde junho.


Entre as regiões do País, o governo Dilma recebeu a melhor avaliação no Norte e Centro-Oeste, onde 63% dos entrevistados consideraram sua gestão ótima ou boa. No Nordeste, foram 62%; no Sul, 58%; e no Sudeste, 56%.


A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 18 e 19 de janeiro e ouviu 2.575 pessoas. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. Os números foram arredondados, pois o Datafolha não trabalha com números decimais.

MPF vai investigar desrespeito aos direitos da mulher no caso da suspeita de estupro no BBB12



Ter, 17 de Janeiro de 2012 22:12
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A- A+ (UOL) A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, órgão do Ministério Público Federal (MPF), informou em nota publicada em seu site nesta terça-feira (17) que abriu um procedimento para "apurar divulgação de cena com possível abuso sexual por parte de participante do Big Brother Brasil BBB12, com violação aos princípios constitucionais da Comunicação Social e ofensa aos direitos da mulher".

O MPF não irá investigar a suspeita de crime de estupro, mas sim analisar a maneira como o caso foi apresentado ao público e como a emissora lidou com a questão, observando se houve desrespeito aos direitos da mulher e distorção dos fatos.

Segundo a assessoria de imprensa Procuradoria da República no Estado de S. Paulo, o objetivo é promover um debate em torno da questão da violência contra a mulher.

O próximo passo do MPF é enviar à TV Globo um ofício pedindo explicações sobre o caso, o que pode incluir cópias dos vídeos do programa, do áudio de Monique e Daniel no confessionário e esclarecimentos sobre a cadeia de decisões que levou à expulsão do participante. Quando receber o ofício, a Globo terá um prazo que não deve ultrapassar 20 dias para responder.

A partir da resposta da emissora, o MPF tomará as medidas extra-judiciais ou judiciais necessárias, pedindo, por exemplo, que a Globo exiba, durante as transmissões do "BBB12", um esclarecimento sobre os direitos das mulheres e o que configura violência contra a mulher, de forma semelhante ao que ocorreu no "BBB10", quando o participante Dourado afirmou que "hetero não pega AIDS".

Caso a emissora não responda de acordo com o esperado pelo MPF, pode ser instaurada uma ação civil pública e a justiça decidirá que tipo de sanção ou esclarecimento caberá à Globo.

Em casos extremos, a punição pode chegar à interrupção do sinal da emissora por um determinado período, para a exibição de um comunicado esclarecendo o assunto. Foi o que ocorreu em 2003, quando o "Domingo Legal", do SBT, exibiu uma entrevista com um falso integrante do PCC e o MPF pediu a suspensão do programa.

CPI mista vai investigar violência contra a mulher

Data: 15/12/2011



Janete Pietá: é preciso avaliar se o poder público está sendo omisso no tratamento do tema.
Em sessão do Congresso Nacional realizada nesta quarta-feira, foi instituída a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar situações de violência contra a mulher no Brasil. A CPMI será formada por 11 senadores e 11 deputados e terá 180 dias para apurar denúncias de omissão do poder público quanto à aplicação de instrumentos legais criados para a proteção das mulheres.

A comissão é de iniciativa das senadoras Ana Rita (PT-ES), Lídice da Mata (PSB-BA), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Marta Suplicy (PT-SP) e das deputadas Célia Rocha (PTB-AL), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Janete Pietá (PT-SP) e Jô Moraes (PCdoB-MG) com o apoio de outros 45 parlamentares. As autoras lembram que a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) impôs mais rigor na punição de agressores e definiu mecanismos de proteção às mulheres.

Elas argumentam, no entanto, que ainda persiste no País negligência e desinteresse das autoridades na aplicação da lei e citam diversos casos que evidenciariam a omissão dos agentes públicos.

Partidos e blocos devem concluir nos próximos dias a indicação dos integrantes do novo colegiado, para que a CPMI possa então ser instalada.

Legislação moderna
Entre outros problemas, a CPMI deve apurar por que o Brasil, apesar de dispor de uma das legislações mais modernas do mundo - a Lei Maria da Penha (11.340/06) -, ainda ocupa a 12ª posição em número de homicídios contra as mulheres em um ranking de 73 países.

De acordo com a coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Janete Pietá, é preciso avaliar se o poder público está sendo omisso no tratamento do tema.

Políticas públicas
Além de apurar os casos de violência e omissão no atendimento à mulher, a CPMI também deverá sugerir políticas públicas. A senadora Ana Rita explica que a comissão vai propor alternativas para melhorar atendimento e tornar mais efetivas as ações preventivas. Ela acredita que a CPMI pode se tornar um espaço de articulação das entidades que atuam no combate à violência contra a mulher.

A consultora Ana Cláudia Pereira, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), adverte que a Lei Maria da Penha ainda enfrenta resistências nos três poderes. No Legislativo, segundo ela, há a apresentação de projetos para diminuir o alcance da lei e, no Judiciário, o obstáculo à aplicação das normas é o conservadorismo de magistrados.

No Executivo, nos níveis federal, estadual e municipal, ela aponta a falta de repasses orçamentários como o principal problema. “A lei requer uma série de políticas públicas para ser implementada, como casas-abrigo e assistência jurídica. E isso não vem ocorrendo".

Da Redação/ RCA
Com informações da Agência Senado

Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Obs.: BBB* - Big Brother Brasil

( Luís Fernando Veríssimo )

SPM divulga as resoluções da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres



Garantir e ampliar os direitos das trabalhadoras domésticas, com especial ênfase na equiparação de direitos com as/os demais trabalhadoras/es; criar e ampliar programas de qualificação, capacitação e formação de mulheres para o mercado de trabalho, rural e urbano; reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial; ampliar a licença maternidade para 180 dias a todas as trabalhadoras; e garantir o direito ao trabalho no campo e na cidade, promovendo medidas e ações específicas para a igualdade entre mulheres e homens, consolidando a política de valorização do salário mínimo e implementando ações para a igualdade salarial entre gêneros. As resoluções foram aprovadas na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada de 12 a 15 deste mês, em Brasília.


O documento é fruto de intensos debates sobre políticas públicas, durante os quatro dias de evento, cujo tema central foi Autonomia e Igualdade para as Mulheres.

No aspecto autonomia econômica e social, ainda, é ressaltada a necessidade de garantir a capacitação para absorção da força de trabalho feminina em ocupações que não sejam somente as tradicionalmente consideradas “femininas”, em grandes eventos e obras, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, por exemplo.

AVALIAÇÃO - “A 3ª Conferência nos trouxe condições de dar mais consistência às ações aprovadas, criando meios de implementação por parte dos governos, e a transparência permitirá a fiscalização por parte da sociedade”, afirma a ministra Iriny Lopes.

Para ela, as 2.500 delegadas, coerentes com as demandas das mulheres brasileiras e a determinação da presidenta Dilma de combate à pobreza e à miséria, hierarquizaram resoluções e ações que possibilitam condições de avançar na autonomia econômica e financeira das mulheres.

“Foi uma conferência positiva e afirmativa da agenda feminista, e reforçou a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM)”, resume a ministra.

MUNDO DO TRABALHO - Cerca de 2.500 mulheres de todo o País, entre delegadas e convidadas, participaram da conferência, unindo forças para a consolidação das políticas para as trabalhadoras. O que, para elas, só é possível através do fortalecimento da autonomia financeira, social e cultural da mulher, combatendo todas as formas de discriminação, promovendo relações mais igualitárias no mercado de trabalho, priorizando processos seletivos internos transparentes e democráticos.

Ainda no que diz respeito a trabalho, a ideia é fomentar a participação de mulheres jovens e jovens negras, indígenas e da floresta, quilombolas, com deficiência, lésbicas, ciganas e assentadas no mercado, garantindo e fiscalizando a aplicabilidade da lei que oferece às mulheres adolescentes o primeiro emprego como aprendiz.

Da mesma forma, fortalecer organizações produtivas de mulheres rurais, pescadoras, ribeirinhas, extrativistas, levando em conta as especificidades, garantindo o acesso ao crédito, à assistência técnica, bem como o apoio à comercialização e agricultura familiar.

Em relação a comunidades indígenas, especificamente, a proposta aprovada na conferência defende a demarcação e desintrusão de terras indígenas e a titulação das comunidades remanescentes de quilombos, garantindo o acesso ao crédito fundiário, à assistência técnica e agroindustrialização de base familiar.

OUTRAS ÁREAS - Num plano mais geral, ampliar a construção e o financiamento de creches e pré-escolas públicas, nos meios urbano e rural, priorizando a educação de qualidade em tempo integral, e o transporte escolar gratuito. Tão importante como promover, ao mesmo tempo, uma cultura de compartilhamento do trabalho doméstico entre mulheres e homens, como a realização de campanhas, a ampliação de licença paternidade e o debate sobre licença parental.

E, em relação à autonomia pessoal, o documento destaca a necessidade de ampliar, aperfeiçoar e monitorar a Rede de Atendimento às Mulheres em situação de violência, dando visibilidade, articulando atores estaduais, municipais e federais, garantindo, assim, a inclusão de programas, serviços e ações nos ciclos orçamentários e a efetiva implementação da Lei Maria da Penha e demais normas jurídicas nacionais e internacionais que respeitem os direitos humanos das mulheres e uma vida digna e sem violência.

Comunicação Social

Haiti - Violência contra mulheres em campos de desabrigados

Haiti
Violência contra mulheres em campos de desabrigados

Após o terremoto que assolou o Haiti e toda demagogia internacional a respeito da ajuda humanitária, a população haitiana continua sofrendo com o abandono e a violência. A esta estão submetidas principalmente as mulheres nos campos de desabrigados

13 de junho de 2010


Um documento apresentado pela Anistia Internacional revela a violência sexual sofrida por mulheres que ficaram desabrigadas e vivem atualmente nos campos que abrigam milhares de pessoas em ambientes comuns.

“Desde o terremoto, vivo em um campo improvisado em Porto Príncipe, em um dos 1.300 campos nos quais mais de um milhão de pessoas desabrigadas lutam para sobreviver” (as informações são da Adital, em 2/6/2010).

Celine, uma menina de oito anos, foi violentada quando se encontrava sozinha em sua tenda. Sua mãe havia saído para trabalhar no campo.

Carline, de 21 anos, foi violentada por três homens quando foi urinar em uma zona isolada do campo, uma vez que as latrinas estavam muito sujas para serem utilizadas.

Fabienne, de 15 anos, foi violentada quando saiu do campo para urinar, pois não existem latrinas no campo. A mãe de Fabienne denunciou o estupro a um membro da autoridade administrativa local, porém essa pessoa não ajudou em nada, tampouco deu qualquer orientação.

A maioria dos casos de violência não é relatada ou denunciada. Inclusive porque os responsáveis pela violência são do convívio das vítimas, sejam como membro da comunidade, ou mesmo autoridades, militares ou civis que estariam no país para ajudar na “missão de paz”.

Por medo de vingança do agressor, por não terem garantida sua segurança, nem para onde ir, as mulheres silenciam sobre a violência, o que tem perpetuado ainda mais a sua prática.

Nos locais onde as pessoas estão obrigadas a viver, por causa da destruição completa de suas casas, não há iluminação adequada, nem privacidade, as instalações sanitárias são insuficientes e sem qualquer cuidado, o que aumenta a vulnerabilidade das mulheres e das meninas não apenas para o problema da violência sexual como os riscos para sua saúde, especialmente das gestantes ou parturientes.

Meses após o terremoto, que aconteceu em janeiro desse ano, o Haiti continua sem qualquer estrutura. A repressão contra a população é a principal ação dos agentes estrangeiros instalados no País, que mesmo interessados nos lucros da reconstrução não realizaram nenhuma obra estrutural que garanta o retorno à vida normal da população, que mesmo antes do terremoto já era marcada pela miséria extrema e exploração imperialista.






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